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Exclusivo: GetNinjas lança maquininha para prestadores de serviço

Marketplace que reúne atividade como reforma, limpeza e assistência técnica usará a maquininha como forma de aumentar o número de serviços pela plataforma

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Mariana Fonseca
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Eduardo L'Hotellier, fundador e presidente do GetNinjas (Foto: Edmar Sodré/GetNinjas/Divulgação)
Eduardo L'Hotellier, fundador e presidente do GetNinjas (Foto: Edmar Sodré/GetNinjas/Divulgação)

O marketplace GetNinjas terminará o ano batendo a marca de meio bilhão de serviços intermediados desde a fundação, em 2011. Seu maior entrave para continuar expadindo está em levar mais chances de venda aos prestadores de serviço cadastrados. Para ampliar essas oportunidades, o GetNinjas está lançando a própria maquininha.

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A novidade foi revelada com exclusividade para Pequenas Empresas & Grandes Negócios. A MaquiNinja permitirá pagamentos em débito e crédito à vista ou parcelado. “É natural pedir a maquininha em lojas ou restaurantes, mas isso não é tão comum nos serviços. Estamos educando que o cliente também pode pagar por eles no cartão”, afirmou o fundador Eduardo L’Hotellier.

A ideia surgiu há um ano, após uma pesquisa com milhares de profissionais cadastrados na plataforma. 40% deles tinham maquininhas, mas deixavam de oferecê-la por conta das altas taxas cobradas a cada transação. “O cliente quer parcelar, especialmente quando vê os tíquetes altos das reformas. Mas o prestador de serviço não quer pagar taxas altas e prefere receber o dinheiro o quanto antes. Vimos a oportunidade de oferecer um produto melhor na adquirência.” 

A startup está realizando há algumas semanas um piloto com mil prestadores de serviço, em diversas categorias. Agora, lançará a MaquiNinja para toda sua base. O GetNinjas reúne um milhão de profissionais cadastrados e cerca de 45 mil profissionais entram para a plataforma mensalmente. Metade da renda desses prestadores, em média, vêm do marketplace.

Fintech sem ser fintech
A MaquiNinja pode ser usada tanto para atendimentos agendados pela plataforma quanto por fora dela. Nos dois casos, o consumidor é convidado a avaliar o profissional. Com isso, o prestador de serviço ganha mais uma chance de divulgar seu trabalho a novos clientes.

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No piloto, os profissionais fecharam 26% a mais de negócios usando a MaquiNinja. “É uma oportunidade grande de ampliação de negócios, tanto para os prestadores que já usavam uma maquininha quanto para os que nunca usaram”, diz L’Hotellier.

MaquiNinja, a maquininha do GetNinjas (Foto: GetNinjas/Divulgação)

A maquininha do GetNinjas custará R$ 35,88. A taxa para débito é de 1,9%. No crédito, é de 3,8% para pagamentos à vista e de 1,5% a cada parcela. A maquininha também oferecerá antecipação de recebíveis, a uma taxa de 0,5% por parcela antecipada. Não há anuidade e os pagamentos caem na conta do profissional em dois dias úteis.

Segundo o fundador, as taxas abaixo da média do mercado conseguem ser atingidas porque a MaquiNinja opera próxima de seu custo. "A maquininha serve para atrair mais clientes e aumentar o número de serviços, não para ganhar na transação. Somos um marketplace, não uma instituição financeira”, diz. “A transmissão de bytes deverá ser cada vez mais barata, assim como a queda na taxa de juros deverá ser repassada ao consumidor final. Quem vai liderar esse barateamento são os negócios que falaram diretamente com o consumidor.”

L’Hotellier cita como exemplo a gigante de tecnologia Alibaba, que usa o braço de pagamentos Alipay para entender o consumidor e melhorar suas estratégias de captação de clientes e vendas em seus serviços, como o hipermercado online Taobao.

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Escritório do GetNinjas (Foto: GetNinjas/Divulgação)

Metas de expansão
A startup cresceu 80% em 2019. Nos próximos três meses, espera que a MaquiNinja tenha a adesão de pelo menos 20 mil profissionais. Em longo prazo, a maioria da base deve fazer uso da maquininha.

Para 2020, o GetNinjas espera acelerar sua taxa de crescimento para 120%. No segundo semestre, a startup negociará uma rodada de investimento com foco nessa expansão. O GetNinjas afirma já ser lucrativo e ter caixa para sustentar sua operação sem aportes.

Mas, para ir além do meio bilhão de serviços prestados e continuar tendo taxas de crescimento dignas de startup, vai ser preciso angariar fundos -- e muito uso das MaquiNinjas.

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