Um time formado pelo americano Geoffrey Prentice, cofundador do Skype e do fundo de venture capital europeu Atomico; pelo empreendedor Caen Contee, cofundador da startup de patinetes Lime; por Carlos Pires, representante do fundo Atomico na América Latina; e por Haroldo Korte, profissional que dirigiu o Atomico no País, se prepara para investir em startups no Brasil.

O NeoFeed apurou que o quarteto está montando um fundo de venture capital batizado de Ozone Latam Ventures. Eles já estariam captando dinheiro com investidores institucionais, pessoas físicas e family offices para iniciar as operações no segundo semestre deste ano. Investidores estão sendo procurados no Brasil e no exterior.

A meta, segundo fontes de mercado, é chegar em US$ 100 milhões de captação. Executivos que foram consultados pelos sócios do fundo disseram ao NeoFeed que os cheques do Ozone serão, em sua maioria, para rodadas de séries A e B. E a ideia seria investir em startups que atuam no agronegócio e no mercado financeiro.

A estratégia do Ozone também passaria por investir em negócios fora do Brasil, aproveitando todas as conexões dos sócios do fundo de venture capital. Procurado pelo NeoFeed, Carlos Pires se negou a falar. Haroldo Korte, por sua vez, não retornou ao pedido de entrevista até o fechamento da reportagem. Mas nas páginas pessoais de Pires e de Contee no Linkedin já possível visualizar as atualizações com os cargos na Ozone.

Pires ainda faz parte do time do Atomico, o maior fundo de venture capital da Europa. No site do Atomico ele aparece como Venture Partner. O NeoFeed apurou que, atualmente, seu trabalho é o de assessorar as startups investidas pelo Atomico na América Latina, entre elas a Gympass, a Restorando, entre outras.

Ele também criou uma consultoria chamada Alisios para ajudar startups estrangeiras a entrar no mercado brasileiro e startups nacionais a partir para o exterior. O fundador de uma da startup interessada em iniciar operações na Europa disse à reportagem que está em conversa avançada com o executivo.

Esse movimento tem sido possível porque o Atomico passou a priorizar investimentos feitos na Europa e nos Estados Unidos. Na manhã da terça-feira, 18 de fevereiro, a empresa sediada em Londres anunciou a criação de seu quinto fundo, o Atomico V, que captou US$ 820 milhões. O montante foi US$ 70 milhões superior ao previsto inicialmente.

Criado em 2006 pelo empresário sueco Niklas Zennström, um gênio da internet que fundou e vendeu o Skype por bilhões de dólares, o Atomico já havia levantado US$ 765 milhões em fevereiro de 2017 para o Atomico IV. De acordo com o site Crunchbase, a empresa, com US$ 2,7 bilhões sob gestão, já fez 158 investimentos.

Até hoje, o Atomico saiu de 30 investimentos e tem no seu portfólio o êxito de ter aportado dinheiro em mais de uma dezena de unicórnios. Entre as investidas mais famosas estão a Rovio, a Lime, a Supercell, a Marterclass e a Stripe.

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